quinta-feira, 30 de maio de 2013

Balões presos

baloons
Dias de barbante


Tem dia que eu desabo de chorar
Com razão ou por nada não.
Tem dia que eu rio de qualquer coisa
De piada, de idiotice, até de risada.
Tem dia que eu mal falo o que penso
Que passam coisas e mais coisas, falo nem metade.



E tem dia, meu bem, que eu não vivo.
Eu me opaco até quase transparência.
Sem brilho, sem emoção, sem pensamento.
Só passo pelas pessoas, pelas calçadas.
Finjo tudo, sinto nada.
Tem esses dias que eu só desperdiço.




Ninguém sabe da vida. Não importa se são quinze anos que você viveu ou quarenta, o que muda são as coisas que você viu e como isso te afetou. Mas não te impede de errar, de tropeçar e de se surpreender com a vida. Somos todos balões. Daqueles de típicos filmes estado-unidenses em que, no parque, estão amarrados e são vendidos às crianças, como naquela animação da pixar, sabe?
Meu ponto é que somos balões. Nascemos presos e assim permanecemos: agarrados aos pais, à escola, aos nossos sonhos... Liberdade é um conceito estranho. Mas nossa mente (Deus nos perdoe pela ignorância com que a usamos), não precisa ficar presa junto a nós, não precisa ter barbante amarrado. Nossa mente é nosso balão. Rosa, azul, roxo, mas solto, voando e flutuando, sem precisar se agarrar a velhos conceitos e até mesmo a bases seguras.
Porém, lembre-se do sábio Tio Ben: Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades. Não se esqueça que, aí fora, voando sem estar amarrado à nada é sempre mais fácil ser derrubado e cair.
Não temos saída, perdão te dizer: Arrisque-se e voe, ou permaneça preso e seguro. Não importa o que escolher, faça por si. Já viu alguém segurar um balão e estar triste? Só quando ele fura.



(perdão por todo o tempo sem dar as caras)

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